Sensibilidade dos Corantes à Contaminantes
Sensibilidade a íons
Um modo de contornar o problema e
não descartar o banho é renova-lo parcialmente conforme orientação do Guia de
de Tingimento do Alumínio Anodizado.
“ (Correção do Poder Tintorial Mediante Renovação Parcial do Banho)
O acúmulo de substâncias inibidoras do tingimento não
pode ser evitado, nem existem meios praticáveis para a sua eliminação ou
remoção. Devido a isso, após um determinado tempo e dependente das condições
locais, a inibição do poder de montagem não poderá ser mais compensada por
reforços com corante. Nesse caso o banho de tingimento deve ser totalmente
renovado. Semelhante à manutenção do banho eletrólito pode-se prolongar a vida
útil do banho de tingimento, através de uma renovação parcial periódica. Para isso
drena-se certo volume do banho usado depois de determinados intervalos de
produção, permutando-o pelo mesmo volume de banho novo (corante e tampão).
Através da eliminação parcial, de contaminação do banho, alcança-se um
estado de banho constante sobre um período prolongado e com isso tingimentos
uniformes e inalterados. O volume e a frequência desta renovação parcial
periódica devem ser baseados sobre valores de prática. Determinações de
concentração e poder tintorial em intervalos regulares fornecem indicações
valiosas. Se, por exemplo, espera-se uma vida útil de um determinado banho de
tingimento de aproximadamente 12 meses sem renovação parcial do banho, por via
de regras, poder-se-á esperar um estado de banho mais uniforme, se houver uma
renovação parcial de um doze avos do volume total após cada mês. “
A sensibilidade a esses íons é
diferente de corante para corante e pode ser determinada em laboratório,
preparando uma série de banhos de corante com diferentes adições de íons específicos.
Em cada amostra banho, uma placa de teste é tingida exatamente nas mesmas
condições. A intensidade de cor nessas placas é medida e comparada a uma placa
de teste sem contaminação (chamamos de placa padrão) . A imagem acima mostra um
exemplo de um corante laranja de complexo metálico.
Como pode ser observado acima, o
tipo de íons afeta a “atividade” do corante com intensidade variável.
Quantidades muito baixas de fosfato, neste exemplo já abaixo de 0,02 g / l,
trazem o banho de corante abaixo da atividade mínima recomendada de 85%.
Corante |
Concentração |
Sulfatos |
Aluminio |
Silicatos |
Fosfatos |
|
[ g/l ] |
[ g/l ] |
[ g/l ] |
[ g/l ] |
[ g/l ] |
Sanodure Vermelho Fogo ML |
5 |
> 4 |
0.20 |
> 0.20 |
0.06 |
Sanodure Bordo RL |
5 |
1.2 |
0.05 |
0.20 |
0.06 |
Sanodye Vermelho RLW |
3 |
> 4 |
0.20* |
0.10 |
0.04 |
* Concentração da precipitação de íons g/l quando a atividade
do banho caiu para 80% de acordo com os parâmetros do teste da Clariant.
Impurezas em solução de
corantes
Cloretos
Os cloretos são os contaminantes mais críticos para qualquer tratamento químico em alumínio, especialmente no tanque de tingimento. Nos corantes os cloretos causam corrosão.
A contaminação vem através de:
· - Água de torneira;
· - Retrolavagem da coluna de resina;
· - O soprador da agitação que fica próximo à área
de anodização
O ferro e outros metais podem
mudar a tonalidade de cor do corante. Todos os metais devem ser mantidos longe
dos tanques de tingimento.
O acúmulo de alumínio no tanque
de tingimento não é o problema até 150ppm, acima disso pode mudar e/ou
depositar um pó na superfície da peça tingida. Partes contaminadas devem ser
removidas frequentemente no fundo do tanque do corante.
Os sulfatos acima de 1mg/L (1000ppm) podem retardar a absorção do corante como o cloreto. Sempre haverá sulfato no corante, mas o arraste é a principal fonte de contaminação. Imersão em uma solução de 50 g/l de ácido nítrico depois da Anodização e antes do tingimento ajudará a remover o sulfato dos poros.
Fosfatos
Os fosfatos são piores do que os
sulfatos no retardo da absorção de contaminante nos poros, além de retardar a
ação de selagem. O limite é de 2 a 6 ppm.
São provenientes de água de torneira que entram nos poros antes ou após o corante, mais tarde quando a água evapora, as partículas deixadas para trás formam “pontos brancos”, poros mal tingidos e selados em pó.
Silicato e Fluoretos
Obstruem os poros e deixam menos
espaço para a molécula do corante.
Realizamos testes montando
corantes com água deionizada e água de rua, com e sem o antifungicida, deixamos
o banho parado pelo período de 30 dias e observamos a degradabilidade do
corante, como você pode observar na ilustração abaixo.
A utilização de antifungicida deve ser levada em conta. Contaminação microbiologica é muito comum nas linhas de anodização na qual o banho de corante não tem o antifungicida que chamamos de NIPACIDE CI 15.
Podemos concluir que a qualidade
do tingimento se manteve com a montagem em Água Deionizada, se você observar o
teste com o Nipacide CI 15 ainda se manteve na coloração intensa comparando com
as demais tornando o resultado satisfatório.